terça-feira, 17 de julho de 2012

O Maior Barbosense de Todos os Tempos


Quem será o maior barbosense de todos os tempos?

O Terapia do Caos quer saber quem o internauta barbosense considera o maior barbosense de todos os tempos! Participe dessa fantástica pesquisa! Clique nos comentários, no final desse texto, e deixe sua opinião!

Mas, atenção: não vale votar em candidatos a prefeito ou vereador! Votos de anônimos poderão ser desconsiderados. Ou não. Não sei.

Se seu candidato for muito desconhecido, considere a possibilidade de explicar de quem se trata, através de uma breve biografia à moda barbosense (ex.: fulano, que veio não sei de onde, que tem tal carro e trabalha em tal lugar...)


A votação encerra à meia-noite de sábado, 21 de julho, ou antes, ou depois, ou quando eu achar que deve acabar.

Todos os votos estarão sujeitos ao sistema de moderação do blogger, o que significa que serão divulgados quando este blogueiro tiver tempo de acessar essa bagaça.


Observação: o autor deste blog, desde já, tira o cu da reta e não se responsabiliza pelas opiniões expressas pelos seus leitores.

Vote através dos comentários!



O maior brasileiro de todos os tempos


E o maior brasileiro de todos os tempos é...

Paulo Coelho!

Já pensou? A chance é real. Tenho a séria impressão que esse cara vai ficar entre os dez primeiros colocados. Não por merecer, obviamente, mas porque é assim que as coisas são. Tom Jobim e Chico Buarque, por exemplo, já perderam para Luan Santana, que, na opinião de muitos brasileiros, merece o nobre título de maior brasileiro de todos os tempos.

Por Zeus! Como alguém pode achar que Luan Santana é o brasileiro mais importante de todos os tempos? O que um cara como esses fez pelo país ou pelo mundo? Lançar umas modinhas musicais descartáveis? Aliás, escolher alguém, quem quer que seja, já é uma tarefa ingrata. Que critérios utilizar? Eu mesmo não tenho certeza sobre quem escolher (considerando que eu quisesse participar dessa piada). Mas escolher Luan Santana? Como alguém consegue um absurdo desses? Quem votou no Gugu? No Datena? Na Hebe Camargo? Isso só pode ser um sinal do fim dos tempos, pois a lista de pérolas é grande.

Por falar em critérios, eu creio que um deles poderia estar ligado à literatura. Guimarães Rosa, Machado de Assis... mas espere: uma nação, parece, não se faz com homens e livros quando ela sofre (e sempre sofreu) de analfabetismo funcional. Mais um ponto para Paulo Coelho. Se você souber juntar letrinhas já pode ler a obra coelhiana e dizer, orgulhoso, que votou num brasileiro ligado à "literatura".

É como diz o ditado: nada está tão mal que não possa piorar.

Por outro lado, canais especializados em fofocas de bastidores garantem que o ex-presidente Lula tem grandes chances de ser o primeiro colocado. Se for assim, é uma escolha coerente, que faz jus a proposta do programa. Mas eu sempre confio na capacidade intelectual do nosso internauta, por isso podemos esperar por surpresas. Aposto algumas unhas dos pés que Paulo Coelho fica entre os dez primeiros colocados, isso se algo pior não acontecer. Veja bem, nosso bruxinho, além de ser o maior intelectual brasileiro (segundo ele mesmo, claro...), também é alquimista, do tipo que consegue transformar merda em ouro. Se ele consegue tudo isso, certamente é capaz de conquistar uma boa posição nessa votação. Enquanto isso, eu exercito minhas habilidades proféticas.

Enfim, confiram como anda a classificação para o brasileiro mais cuiudo de todos os tempos. Divirtam-se com as pérolas e tirem suas próprias conclusões.

100º = Maria da Penha
99º = Jô Soares
98º = Vital Brazil
97º = Ana Paula Valadão
96º = Roberto Justus
95º = Itamar Franco
94º = Ronald Golias
93º = Jorge Amado
92º = Romário
91º = Pe. Landell de Moura
90º = Anderson Silva
89º = Tom Jobim
88º = Cazuza
87º = William Bonner
86º = Amado Batista
85º = Chacrinha
84º = Chico Buarque
83º = Joelma
82º = Ronaldinho Gaúcho
81º = Datena
80º = Sócrates
79º = *
78º = Fernando Collor de Mello
77º = Marcos Pontes
76º = Luís Carlos Prestes
75º = Claudia Leitte
74º = Lampião
73º = Garrincha
72º = Michel Teló
71º = Lua Blanco
70º = Marechal Rondon
69º = Antônio Ermírio de Moraes
68º = Duque de Caxias
67º = Monsenhor Jonas Abib
66º = Carlos Chagas
65º = Reynaldo Gianecchini
64º = Ulisses Guimarães
63º = Dedé do Vasco
62º = Mazzaropi
61º = Zico
60º = Pe. Marcelo Rossi
59º = Marcos do Palmeiras
58º = Roberto Marinho
57º = Monteiro Lobato
56º = Hebe Camargo
55º = Paulo Freire
54º = Missionário RR Soares
53º = Zumbi dos Palmares
52º = Carlos Drummond de Andrade
51º = Paiva Neto
50º = Rogério Ceni
49º = Gugu Liberato
48º = Tiririca
47º = Leonel Brizola
46º = Raul Seixas
45º = Visconde de Mauá
44º = Elis Regina
43º = Ivete Sangalo
42º = Luan Santana
41º = Machado de Assis

* não teve o nome divulgado porque é candidato nas eleições municipais.

Enquanto isso, comente, aí embaixo, quem você acha que vai ganhar essa bagaça. Façam suas apostas!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

um sonho

Teus olhos luzem no inferno da noite...
Afasta-os de mim!
Pois perdi a lucidez
E posso pensar que são duas velas
Velando o meu corpo
No meu próprio lar 









quinta-feira, 12 de julho de 2012

Dionísio, insuficiência hepática e Festiqueijo

(Esse texto trata de assuntos locais)
Visite Carlos Barbosa e confira o Festiqueijo 2012 (mas, por gentileza, evite regurgitar nas vias públicas)

Andam dizendo que falo mal de nossa festa-mor, o Festiqueijo, por causa de um ou outro texto que você pode conferir aqui e aqui, mas, na verdade, apenas desclassifico, a meu modo, essa nossa mania de trocar os nomes das coisas. Repito que não há nada de errado com dionisíacos e bacanais, desde que sejam chamados de dionisíacos e bacanais. Não tente chamar de festa familiar uma encenação de orgia. Não tente chamar de degustação uma beberragem. E tudo estará bem.

O nome que damos às coisas é, ainda, mais importante que a coisa em si. Duvida? Repare que as palavras, todas elas, são carregadas de magia. No mito da criação, Deus criou as coisas através das palavras. Através de semelhante processo mágico nós também criamos e modificamos muitas coisas.

Se andar trôpego na praça da matriz (devido ao abuso de álcool no fim de semana) é tido como uma afronta aos bons costumes, o mesmo é permitido e legitimado através da instituição festiva denominada Festiqueijo. Ou seja: criamos um tempo e um espaço para o exagero.

Estou exagerando? Talvez. O fato é que olhamos com nojo para aquele mendigo que dorme no banco da rodoviária abraçado a uma garrafa de cachaça, mas, no dia seguinte, nos divertimos vendo nossos pares sendo carregados para a ambulância que presta serviços de "reposição de glicose" aos fundos do Salão Paroquial, próximo ao portão de saída do Festiqueijo (por falar nisso, fico me perguntado quantos adolescentes são atendidos dessa forma, à margem do sistema, depois de um porre no Festiqueijo. Tomara que eu esteja enganado quanto a isso...). Em suma, muito do que não é moralmente aceito na maior parte do ano e na maioria dos espaços públicos ou privados, tem a possibilidade de ser temporariamente permitido durante esse tempo festivo, nesse espaço específico.

Várias vezes me disseram que "frango é frango e palmito é palmito" nessa questão de relacionar o uso do álcool com uma festa local. De fato, não dá para generalizar (obviamente). Eu nunca saí da festa de ambulância, tampouco a maioria dos que conheço saíram. Mas não há nada mais divertido do que sentar-se ali por perto e contar quantas vezes a ambulância sobe e desce fazendo o trajeto salão-hospital-salão nos dias mais movimentados da festa. É hilário.

E, é claro, é culpa das pessoas que exageram (dizem), não da festa. Ok. Mas ainda prefiro entender que não é uma questão de "achar culpados" (de novo o moralismo). Prefiro entender que isso é obra de Baco, de Dionísio, que, como divindades que são, reconhecem uma homenagem quando veem uma e nos dão a honra de sua presença. Mas nós, por outro lado, não somos bons anfitriões, uma vez que não reconhecemos publicamente nossos principais convidados. Ainda nos escondemos atrás de inocentes vaquinhas coloridas que, se por um lado enfeitam a cidade, por outro mostram o quanto somos infantis quando o assunto é assumir que as coisas que gostamos são as mesmas que condenamos nos outros.


Em resumo: o Festiqueijo não é um sucesso por causa da "alta" gastronomia que oferece, mas por proporcionar um tempo e um espaço para o exagero.

Visite o Festiqueijo (se puder, porque isso aqui não é pra qualquer um) e divirta-se!

Se beber (sic), não dirija...







sexta-feira, 6 de julho de 2012

Parábola do guarda-chuva


Naquele tempo, houve um período de muita chuva. O Senhor torcia as nuvens como se fossem panos de prato encharcados. A água que caia formava corredeiras, que formou os rios, que, por sua vez, formaram as ruas desta cidade.

Se hoje tu caminhas sobre elas, é porque o Senhor quis assim. Hoje, as águas correm por outras vias.

Mas, importa saber que, naquele tempo, os profetas ainda condenavam os homens que molhavam suas barbas e que molhavam os seus cabelos quando saíam de suas casas para fazer o bem em dias de chuva.

Foi naquele tempo que Jerobobão intuiu que não era correto deixar de sair para praticar o bem só porque os profetas condenavam os homens que expunham suas barbas à chuva.

E Jerobobão inventou o guarda-chuva.

E Jerobobão, vendo que isso era bom, pensou:

- Vou andar pelos quatro cantos do mundo instruindo as pessoas na arte de fazer guarda-chuvas.

Mas Malafaialá, que era malvado, ao ver a boa obra de Jerobobão, correu até ele, roubou-lhe o guarda-chuva e registrou o invento em seu nome. Mas, ao invés de produzir e ficar rico vendendo guarda-chuvas, Malafaialá, por pura maldade, jogou o registro e o guarda-chuva em um canto, privando a humanidade da invenção de Jerobobão por toda a era do Carneiro, até a metade da era de Peixes quando, finalmente, a invensão caiu em domínio público.

Só então os ungidos por Deus puderam sair de casa para fazer o bem em dias de chuva sem molhar as barbas e os cabelos.

Mas Malafaialá saiu vitorioso porque, naquela ocasião, os profetas não mais condenavam os homens que expunham suas barbas e seus cabelos à chuva.

-><-