Por onze vezes eu me ajoelhei
e orei pedindo aos Céus
que preservassem as encostas,
e alagassem a casa de um milhão de dólares.
Pedi ao inferno que derretesse
as placas tectônicas
e as placas de vídeo.
Frustrado chorei.
Por onze vezes chorei
ao ouvir a voz melodiosa
melosa - biônica - do Pedro Bial
implorando por telefonemas:
o câncer cerebral
que exprime os anseios de um povo sobre murmúrios
semi-fonêmicos
anêmicos
vazados por entre dentes
previamente clareados.
-Afinal, somos assim! (eles creem, embasbacados).
Somos o sonho de qualquer brasileiro.
Somos o modelo a ser seguido,
perseguido,
twitado,
idolatrado
... e descartado como o preservativo porco
que nossos pais rejeitaram.
Assim, cá estamos:
Cagados diante da tela
(essa janela alucinada)
esperando o paredão,
o Domingão,
Eu,
o filho amado de Deus, que à Sua imagem e perfeição,
é feito (à minha revelia) irmão de Bonner, Boninho e Faustão.
Ai... da vida de Adão, eu não sei...
Mas a de Caim, não foi em vão!
Caim deveria ter matado Abel, dado um fim em Adão e Eva, e ainda se matado, acabando com qualquer possibilidade de humanidade.
ResponderExcluirAh, tivessem os macacos inventado a televisão, aposto que não se tornariam humanos...
Abraço símio!
A